segunda-feira, 2 de julho de 2007

Olhos cerrados

Por que me machucas com tuas infinitas faces?
Por que eu tenho que me curvar e pensar que tudo é,
e apenas deve ser, como tem de ser?

Encontrei-te numa multidão de rostos,
quis sonhar e dar vez aos meus anseios.

Compreendo a não reciprocidade da vida,
a falta de vontade de tentar.

No entanto, me machuca, me machucas.

E quando penso que esqueci,
me inebrio com teus olhos, com teu sorriso,
com tua boca que me pede beijos eternos,
sem dizer palavra alguma.

Sigo com os olhos cerrados,
para que eu não mais me padeça neste fenecer.
Sigo com os lábios virgens,
pois eles foram feitos para outros tão eternos
como os meus.

3 comentários:

Luciana F. Righi disse...

...tão eternos quanto os meus....

Luciana F. Righi disse...

Ah...impossível nao falar dessa foto ao lado, quão intelectual ela está! gente, simplesmente....

Bildeman disse...

Oi... não nos conhecemos, mas acabei parando na sua página e fiquei encantada com seus poemas em especial com este! Engraçado quando lemos algo e nos vemos nele! Aconteceu isso qnd li "Olhos Cerrados"... muito bom mesmo ver algo que me lembre o que cismo em esquecer!
* Simplesmente apaixonei-me!!!*
Parabéns!